“Foragido”, Anderson Torres se vitimiza
Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília
O secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, publicou nas redes sociais, na madrugada desta segunda-feira, um pronunciamento condenando os ataques ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal. Com a exoneração do cargo anunciada ainda durante a tarde desse domingo, ele disse que “viveu o dia mais amargo” da vida pessoal e profissional e classificou os episódios de vandalismo como “caso de insanidade coletiva”.
Mais cedo, a Advocacia-Geral da União havia pedido ao STF a prisão de Torres, que foi ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro. O secretário exonerado está de férias em Orlando, na Flórida, nos Estados Unidos.
No comunicado, Torres disse que os atos “são totalmente incompatíveis com todas as minhas crenças do que seja importante para o fortalecimento da política no país”. “Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbaries que assistimos. Estou certo que esse execrável episódio será totalmente esclarecido, e seu responsáveis exemplarmente punidos”, afirmou.
No pedido para que seja preso, a AGU argumenta que os atos “importam prejuízo manifesto ao erário e ao patrimônio público e também causam embaraço e perturbação da ordem pública e do livre exercício dos Poderes da República, com a manifesta passividade e indício de colaboração ILEGAL de agentes públicos”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal após a ação dos terroristas. Segundo Lula, a intervenção é necessária porque policiais militares, que respondem ao governador do DF, Ibaneis Rocha, foram lenientes para conter os manifestantes.