Ibama multou bolsonarista por assédio eleitoral

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Foto: Reprodução

Investigado por assédio eleitoral durante a campanha deste ano, o empresário bolsonarista José Ademar Gerhardt (foto em destaque) foi multado em R$ 1,01 milhão pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A autuação foi registrada no fim de 2022 no site do Ibama.

De acordo com o sistema, a sanção foi aplicada uma vez que o empresário teria feito uma obra, em Santo Cristo, no Rio Grande do Sul, considerada “efetiva ou potencialmente poluidora sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes”.

Gerhardt já havia sido multado em R$ 7 mil pelo Ibama, ainda no ano passado, por desmatar 0,56 hectares da Mata Atlântica.

Esse mesmo empresário assinou Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT) após sugerir a possibilidade de corte de 30% de pessoal caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhasse as eleições.

O caso foi denunciado ao MPT em 19 de outubro, ou seja, entre o primeiro e o segundo turnos das eleições passadas. Lula saiu vencedor da disputa.

“A minha emoção está tão ruim no sentido de o Lula ganhar as eleições. Primeira coisa, ele vai taxar em 30% o agro. [Isso significa] que 30% de vocês, com certeza, vão perder o emprego. Ele ganhou, taxou, perdeu”, afirmou Gerhardt, em vídeo que repercutiu em redes sociais.

Gerhardt é proprietário da empresa Constinta Comércio de Tintas e administrador da Granja Gerhardt, ambas de Santo Cristo.

Procurado, o empresário afirmou em um primeiro momento, por meio do procurador Orli Carlos Marmitt, que “recebeu uma notificação [do Ibama], porém o valor é de R$ 7 mil, e não de R$ 1 milhão”.

Gerhardt declarou também que comprou uma propriedade rural já desmatada e vai provar a sua inocência.

Confrontado com o registro do Ibama acerca da multa de R$ 1 milhão, o advogado afirmou o seguinte: “Ok, vamos aguardar para fazer a defesa”.

Metrópoles