Lula afirma que garimpo ilegal vai acabar
A declaração do presidente foi feita durante discurso ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz, após reunião no Palácio do Planalto. A Alemanha já anunciou 203 milhões de euros (R$ 1,27 bilhão) para ações ambientais no Brasil. Resolvemos tomar uma decisão: parar com a brincadeira. Não terá mais garimpo.
Pode demorar um, dois dias, não sei. Pode demorar um pouco, mas que nós vamos tirar eles, nós vamos Lula, durante discurso sobre crise humanitária dos yanomamis
Mais cedo, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que o governo brasileiro usará recursos do Fundo Amazônia para ajudar o povo yanomami.
A afirmação foi feita por Marina em entrevista coletiva após reunião dela com a ministra da Cooperação da Alemanha, Svenja Schulze, na manhã de hoje.
Esses recursos do Fundo [Amazônia] que nós estamos trabalhando é para que haja um aporte de recursos rápido para as ações institucionais, sem prejuízo de comunidade no médio prazo Ações ambientais da Alemanha no Brasil em valores:
93 milhões de euros (R$ 516,5 milhões) para apoiar pequenos produtores no reflorestamento de áreas desmatadas;
35 milhões de euros (R$ 194,4 milhões) para o Fundo Amazônia;
31 milhões de euros (R$ 172,1 milhões) para Fundo Floresta, em projetos de proteção florestal e bioeconomia;
30 milhões de euros (R$ 166,6 milhões) para um programa de apoio a pequenas e médias empresas que invistam em medidas de aumento da eficiência energética;
9 milhões de euros (R$ 50 milhões) para pequenas e médias empresas cumprirem requisitos de revisão de cadeias de suprimentos para sustentabilidade e conformidade com os direitos humanos;
5 milhões de euros (R$ 27,7 milhões) para um projeto de consultor.
Lula manda cortar tráfego aéreo e via rio por garimpeiros
O presidente Lula (PT) determinou hoje agilidade para cortar os tráfegos aéreo e fluvial de garimpos ilegais em terra yanomami, em Roraima.
O objetivo do governo é iniciar um processo de remoção dos criminosos, conforme anunciado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Em reunião com sete ministros e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, Lula determinou que as ações sejam feitas “no menor prazo”, “para estancar a mortandade e auxiliar as famílias yanomami”.
Apenas pessoal autorizado pode ingressar na reserva indígena —isto é, a circulação de aviões e barcos por garimpeiros na área já era proibida e vinha sendo burlada.