Zema vê sua ‘batata’ assando

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Foto: Poder 360

Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro durante o segundo turno das eleições, o governador Romeu Zema (Novo) criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de determinar o afastamento do governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB), após os ataques de bolsonaristas radicais aos Três Poderes no domingo (8).

“O governador de Brasília pode ter agido com falta de competência, não contra a democracia. Então, talvez esse afastamento pode ser algo tanto quanto arbitrário nesse momento. Ninguém é eficiente 100% do tempo. Se alguém erra, não é motivo para ser afastado”, disse o governador em entrevista à CNN Brasil.

Zema também condenou a ação dos extremistas em Brasília. “Há muitas maneiras de se manifestar, não é dessa maneira que vamos construir um país melhor. É inadmissível”, afirmou o governador.

A Controladoria-Geral do Estado informou que vai penalizar os servidores estaduais que tiverem atuação comprovada nos atos anti-democráticos em Brasília.

Na segunda-feira (9), o governo de Minas Gerais determinou o reforço da segurança nos prédios públicos do Estado. Prédios como os da Prefeitura de Belo Horizonte, Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Ministério Público do Estado, Palácio da Artes e emissoras de TV contaram com reforço de viaturas para garantir a segurança.

Não houve registro de invasões ou atos de vandalismo no Estado. Na avenida Raja Gabaglia, em frente à 4ª Região Militar, uma barraca foi recolhida e uma mulher de 65 anos foi detida por desacato à Polícia Militar. Na sexta-feira, a prefeitura de Belo Horizonte determinou a retirada das barracas da avenida, onde bolsonaristas radicais permaneceram por 66 dias. O policiamento no local foi reforçado para impedir que os extremistas voltem a montar barracas no local.

No início da noite, Zema participou em Brasília da reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e governadores, em defesa da democracia. Mais cedo, o governador de Minas Gerais disse que as forças militares do Estado estão à disposição da União, se for necessário.

Em Belo Horizonte, movimentos sociais e sindicais realizaram no início da noite um ato contra o terrorismo e a favor da democracia. O grupo de manifestantes reuniu-se na Praça Sete, no centro de Belo Horizonte e fizeram uma caminhada até a Praça da Estação, também no centro.

Valor Econômico