Bolsonaristas já negam ser bolsonaristas

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Foto: Gabriela Biló/Estadão

Dispensado do Conselho de Ética da Presidência na semana passada, o secretário de Justiça de São Paulo, Fábio Prieto, não esconde de interlocutores a insatisfação pelo desligamento. Ele tem dito que Lula foi orientado de maneira equivocada e que nunca foi bolsonarista. No último sábado (11), Prieto participou de jantar em homenagem ao coordenador do Prerrogativas Marco Aurélio Carvalho, com a presença de figuras do mundo jurídico próximas ao PT, como a assessora de Relações Internacionais do BNDES, Carol Proner, e Pedro Serrano, um dos cotados para a vaga do ministro Ricardo Lewandowski no STF.

Em 2014, quando estava no TRF3, Prieto suspendeu uma liminar que impedia o uso do volume morto do sistema Cantareira, em meio à crise da água em São Paulo, o que ajudou o então governador Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente, e também Fernando Haddad, que era prefeito da capital.

No sábado, Prieto chegou ao jantar com o secretário de Governo de Tarcísio, Gilberto Kassab. Segundo figuras próximas do advogado, os dois têm uma característica em comum: transitam em grupos de diferentes matizes ideológicos.

Lula destituiu o jurista e outros membros do conselho de Ética Pública da Presidência indicados por Jair Bolsonaro após o Estadão revelar que o colegiado beneficiou aliados do ex-presidente. O comitê concedeu quarentena remunerada a dez ex-ministros, embora alguns deles nem tenham apresentado proposta formal de emprego, um requisito para seguir recebendo o salário. Além de Prieto, Célio Faria Júnior e João Henrique Freitas foram dispensados.

Estadão