Dilma cai de pau na taxa Selic

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Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE/Divulgação

As críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus aliados mais próximos ao Banco Central não dão sinais de trégua, apesar dos esforços da equipe econômica. No domingo, dia 12, foi a vez da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ecoar as críticas do presidente à política monetária do BC de Roberto Campos Neto.

“Quando o presidente questiona as taxas de juros, ele está defendendo o futuro do seu governo”, disse a ex-presidente durante evento de aniversário de 43 anos do partido. Para ela, a taxa de juros condena o Brasil a “uma depressão, um momento de perda de renda, de emprego”, disse a ex-presidente, cotada pelo PT para assumir uma cadeira no banco dos Brics, em Xangai. Ela deve substituir Marcos Troyjo, indicado pelo governo Bolsonaro ao posto.

A taxa básica de juros do país está em 13,75%, a mesma desde agosto de 2022. O percentual de juros ao ano é o mais alto desde o segundo governo de Dilma Rousseff, quando ficou por 13 meses (entre julho de 2015 a agosto de 2016) no patamar de 14,25%. Na época, a instituição era comandada por Alexandre Tombini, indicado por Dilma. Ao assumir o governo, Dilma encontrou o país com taxa básica de 10,75%. Em relação a juros reais, a taxa atual, de 8,5%, só não é mais alta do que no segundo mandato da presidente, quando chegou a 9%.

A elevação na taxa básica de juros é um mecanismo da política monetária para controle da inflação. Quando os preços estão acima dos patamares desejáveis para a inflação, o Banco Central eleva juros. Isso encarece o preço do crédito e desestimula o consumo de famílias e empresas. O Banco Central sob comando de Roberto Campos Neto começou a elevar a taxa de juros em março de 2021, como resposta a aceleração de preços no país. Nos dois últimos anos, o BC, entretanto, não conseguiu cumprir a meta de inflação.

Eletrobras e BNDES Em seu discurso no aniversário do partido, Dilma também deu coro a outras declarações polêmicas de Lula nas últimas semanas. A ex-presidente defendeu que a Eletrobras, privatizada no ano passado, seja estatal e que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) –capitaneado por Aloizio Mercadante, alvo de críticas da oposição– seja remodelado.

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