Lula acha meio de reverter aumento de combustíveis
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Dentro do PT é dada como certa que, na reunião de hoje entre Lula, Fernando Haddad, Rui Costa e Jean Paul Prates para decidir se o governo mantém ou revoga a isenção de impostos federais sobre combustíveis, a solução será uma reoneração parcial.
Ou seja, o governo editaria uma Medida Provisória válida a partir de quarta-feira determinando a volta de metade dos impostos; o restante retornaria daqui a dois meses, que é o prazo que o novo presidente da Petrobras espera já ter condições de alterar a política de preços da estatal, baseada na paridade internacional dos preços do petróleo.
A decisão de Lula tem que sair até amanhã, quando a atual MP caduca — ela foi editada em janeiro e manteve a desoneração iniciada no governo Bolsonaro.
Haddad, no entanto, ainda vai tentar convencer Lula da necessidade de revogar pura e simplesmente a desoneração, argumentando que o Tesouro não tem condições de continuar a abrir mão dessas receitas.
Na virada do ano, Haddad perdeu essa briga. Foi sua primeira derrota no governo. Se a reoneração parcial for mesmo a solução de Lula, pode-se dizer que será uma meia derrota do ministro.