Nova operação contra golpistas já predeu 25

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Divulgação/PF

Um mês após os atentados golpistas do dia 8 de janeiro, a Polícia Federal (PF) já prendeu vinte pessoas em cinco fases realizadas da Operação Lesa Pátria. A investigação mira identificar pessoas que participaram, financiaram, se omitiram ou fomentaram as invasões e depredações ocorridas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

Fátima Tubarão, homem da toga e quebrador de relógio: o que aconteceu com golpistas de 8 de janeiro
Os possíveis crimes praticados por agentes de segurança e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro investigados pela PF são de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Na terça-feira, a PF executou a quinta fase da operação e prendeu o ex-chefe do departamento operacional da Polícia Militar do DF, o coronel Jorge Eduardo Naime, por suspeitas de omissão no planejamento da segurança do dia 8 de janeiro. Os outros presos foram o major da PM Flávio Silvestre de Alencar, o capitão Josiel Pereira Cesar e o tenente Rafael Pereira Martins.

Todos são suspeitos de omissão na segurança da região. As ordens judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro da Justiça, Flavio Dino, repercutiu a operação pelas redes. “Polícia Federal segue fazendo trabalho de investigação dos fatos ocorridos no dia 8 de janeiro. As apurações estão sendo entregues ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, para as providências cabíveis. O Estado de Direito tem o dever de se proteger contra seus ‘homicidas'”, publicou o ministro no Twitter.

Entre os presos no último mês estão também bolsonaristas que aturam em ações de vandalismo como Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, a “Fátima de Tubarão”. A idosa ficou conhecida após aparecer em um vídeo xingando o ministro Alexandre de Moraes durante a invasão em Brasília.

Suspeitos de financiar os atos também estão na mira da operação da PF. Entre eles está o empresário goiano Raif Jibran Filho, alvo de mandado de prisão preventiva. Ao ser abordado pela polícia, porém, ele pulou pela janela do segundo andar, em sua residência, e fugiu.

Já Claudio Mazzia, morador de Londrina, no norte do Paraná, foi preso por suspeita de organizar uma excursão de 20 ônibus para Brasília. Mazzia teria divulgado o chamado para os atos nas redes sociais.

Além das prisões, também já foram cumpridos outros 37 mandados de busca e apreensão. Um dos alvos foi Leo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro. A corporação cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do primo de Eduardo, Flávio e Carlos Bolsonaro. Em meio aos atos de 8 de janeiro, Léo índio publicou registros de sua participação nas invasões diretamente da rampa do Congresso Nacional.

As apurações sobre os atos golpistas foram divididas quatro frentes: identificar quem invadiu e depredou as sedes do Congresso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto; mapear financiadores dos atos; apurar a omissão de agentes públicos de segurança; além de encontrar eventuais conexões políticas entre organizadores e autoridades.

As ações já aconteceram em estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e no Distrito Federal.

O Globo