Paes comemora afastamento de Bretas

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Foto: Gabriel de Paiva/Infoglobo

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, comemorou o afastamento do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio e responsável pelos casos da Lava-Jato no estado. Paes é autor de uma das representações contra o juiz, analisadas nesta terça-feira pelo Conselho Nacional de Justiça. Na ação, o prefeito do Rio pede o afastamento do magistrado “por conduta incompatível com a imparcialidade que precisa nortear a atuação dos magistrados”. Os advogados de Paes alegam influência do juiz, inclusive, para prejudicá-lo na eleição para o governo do estado, em 2018. Segundo a representação, Bretas teria agido para favorecer o então candidato e ex-juiz federal Wilson Witzel, que acabou eleito.

“Um juiz não pode agir com parcialidade, perseguir politicamente quem quer que seja e interferir no processo eleitoral para beneficiar seus amigos. Hoje, cinco anos depois, de alguma forma, fico aliviado. Aliviado por ver que a justiça está sendo feita e a verdade sobre a minha honra ter sido esclarecida”, postou Paes, nas redes sociais.

Paes reclama que, nas vésperas das eleições ao governo do Rio de 2018, quando ele liderava as pesquisas de intenção de voto, Bretas divulga delação com acusações contra ele que acaba perdendo o pleito para Wilson Witzel.

 

Paes acusa Bretas de, às vésperas da eleição para o governo do Rio em 2018, ter divulgado delação com acusações contra ele, o que teria favorecido o ex-juiz Wilson Witzel, que acabou vencendo o pleito. Segundo ó prefeito, “é triste ver que algumas poucas figuras tenham usado o Judiciário para fazer política”.

“O que é inadmissível é o juiz Bretas, às vésperas das eleições ao governo do Rio de 2018, quando eu liderava a disputa, conduzir parcialmente um interrogatório, realizado pela quarta vez e modificado em sua última versão, com o claro intuito de prejudicar minha candidatura, sem que houvesse qualquer acusação ou prova contra mim. O objetivo era evidente: favorecer seu amigo, o ex-juiz Wilson Witzel, com quem mantinha relações próximas, exibidas descaradamente nas redes sociais de ambos”, escreve, para completar.

“Que a decisão do CNJ sirva de lição para que não tenhamos mais a inaceitável manipulação judicial no processo eleitoral”.

O Globo