Pessoas com problemas especiais são discriminadas nas praias
Alex Ferro/Ag. O Globo
Que a praia, o destino mais procurado pelos brasileiros no verão, não é para todos, já se sabe há tempos. Mas agora há novos números para embasar essa afirmação. Uma pesquisa inédita encomendada pela marca Dove, da Unilever, e feita pelo Instituto Ideia constatou que 51% de pessoas com deficiência (PCD) e 42% de pessoas gordas ou “fora do padrão” já deixaram de ir à praia por limitações de estrutura. Como uma cadeira de praia adequada: segundo a pesquisa, 20% das pessoas gordas entrevistadas nem pisam na areia simplesmente não caberem nas cadeiras disponíveis.
A pesquisa ouviu 1636 pessoas, homens e mulheres, de 18 anos a 60 anos mais, nos dias 24 a 27 de janeiro, para aferir a percepção da população brasileira sobre a praia no verão. O foco era em acessibilidade e inclusão. Dentro dos mesmos critérios, 109 PCDs e 148 pessoas gordas e consideradas “fora do padrão” foram entrevistadas.
Além disso, cerca de 69% das PCDs e 45% das pessoas gordas relataram já terem sofrido algum tipo de preconceito na praia.
O acesso aos banheiros públicos é outro desafio a ser vencido: para 48% das pessoas com deficiência e 24% de perfis obesos, os locais não são seguros e nem inclusivos.