Aras acredita que pode se manter na PGR

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Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Mesmo com pouca chance de ser reconduzido, o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, deu início a uma intensa campanha em Brasília para conseguir um terceiro mandato.

Seu período na Procuradoria-Geral da República (PGR) acaba em setembro. Nos primeiros meses de governo, Aras tentou se descolar da imagem de bolsonarista e demonstrar proatividade em relação aos atos golpistas de 8 de janeiro, entre outras investigações.

No entorno mais próximo de Lula, porém, a possibilidade de indicar Aras de novo à PGR é vista com bastante incredulidade. Sua associação ao bolsonarismo traria um risco muito grande de imagem, avaliam petistas.

Ainda assim, Aras tem procurado interlocutores para tentar se viabilizar como uma opção para Lula. E conta com dois cabos eleitorais de peso: o senador Davi Alcolumbre, do União Brasil do Amapá, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do PP de Alagoas.

A aposta é de que o Centrão pese na escolha, já que Lula tem uma base frágil no Congresso até o momento.

Foi em prol de Aras que Davi Alcolumbre postergou por meses a data da sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF), em 2021. O PGR queria, na época, se tornar ministro do Supremo. A CCJ ainda é presidida por Alcolumbre.

Há outros candidatos na disputa. O subprocurador Antônio Carlos Bigonha, crítico da atuação do MPF na Lava Jato, é citado como um dos favoritos. Ele tem procurado integrantes do Executivo e até conselheiros e amigos do presidente para viabilizar seu nome.

O subprocurador Paulo Gonet, próximo do ministro do STF Gilmar Mendes, também tem feito campanha.

A Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) tenta ser atendida por Lula a fim de tentar encontrar candidatos viáveis para a lista tríplice, eleita pela própria categoria. O presidente, porém, já disse que não está comprometido a seguir as indicações da ANPR.

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