Bretas controlava setor de perícias da PF

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Foto: Gabriel de Paiva/Ag O Globo

No processo administrativo aberto esta semana contra Marcelo Bretas, afastado da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, o CNJ apura uma suposta ascensão do juiz da Lava-Jato fluminense sobre o setor de perícias da PF, em meio à operação.

O tema foi abordado no julgamento sigiloso da última terça-feira em que o colegiado decidiu retirar o magistrado do cargo temporariamente enquanto investiga possíveis desvios em sua atuação.

Entre outras informações, os conselheiros votaram neste sentido a partir da percepção de que Bretas teria atuado para definir o roteiro do trabalho dos peritos. Ou seja, quais provas eles iriam verificar prioritariamente, em detrimento de outras.

Essa suspeita dialoga com outra também investigada pelo CNJ: a de que Bretas teria atuado em conjunto com o criminalista Nythalmar Dias Ferreira, que representa réus da Lava-Jato, para negociar acordos e facilidades a alvos da operação.

O advogado teve dois celulares e um computador apreendidos pela PF em outubro de 2020, mas o conteúdo só foi periciado no início de 2022.

O Globo