Candidatos ao STF sofrem guerra de dossiês

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Foto: Reprodução

A disputa pela indicação de Lula para a vaga do ministro Ricardo Lewandowski no STF vem sendo marcada, nos bastidores, por uma guerra de dossiês sobre os principais cotados.

A coluna apurou que chegou a integrantes do Palácio do Planalto uma série de entrevistas e vídeos antigos contendo declarações supostamente polêmicas dadas pelos candidatos à vaga.

Juristas cotados para suceder Lewandowski também enviaram informações sobre possíveis posições e articulações de seus concorrentes que contrariam as ideias defendidas por Lula.

Um dos dossiês que chegou ao Planalto foi sobre o advogado Pierpaolo Bottini. O documento traz entrevistas antigas nas quais o jurista relativizou a Operação Lava Jato.

Durante a operação, pela qual Lula acabou condenado e preso, Pierpaolo Bottini atuou na defesa de executivos de empreiteiras que firmaram acordos de delação premiada.

Aliados ponderam que as delações nas quais o advogado atuou nunca envolveram membros do PT. Também lembram que, mais recentemente, ele publicou artigos criticando a Lava Jato.

A coluna apurou que também chegou a integrantes do Planalto informações sobre a atuação dos advogados Pedro Serrano e Manoel Carlos de Almeida Neto, nome defendido por Lewandowski para a vaga.

Outro alvo da guerra de dossiês foi o atual presidente do TCU, Bruno Dantas. Os documentos fazem ilações de uma possível atuação do ministro a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

No TCU, porém, Dantas deu decisões favoráveis à petista: recomendou a aprovação das contas de 2016 do governo Dilma e votou para absolvê-la no caso da compra da refinaria de Pasadena.

Lewandowski completará 75 anos de idade em 11 de maio, quando terá de se aposentar compulsoriamente. O ministro, porém, já sinalizou que deve deixar a Corte um pouco antes, no fim de abril.

Metrópoles