Dino rebate calúnia do filho 3

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Foto: Cadu Gomes / Secom/ Jorge William / Agência O Globo

Após ter sido falsamente acusado de ter “envolvimento com o crime organizado” por parte do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) usou as redes sociais, nesta quinta-feira, para rebater o filho do ex-presidente. Em mensagem divulgada no Twitter, Dino afirmou não ter “medo de milicianinhos”.

“Soube que representantes da extrema-direita reiteraram seu ódio a lugares onde moram os mais pobres. Essa gente sem decoro não vai me impedir de ouvir a voz de quem mais precisa do Estado. Não tenho medo de gritos de milicianos nem de milicianinhos”, escreveu o ministro.

 

Na última segunda-feira, Flávio Dino esteve em visita no Complexo da Maré, conjunto de favelas na Zona Norte da capital fluminense, em um lançamento de um boletim sobre violência e encontrou diversas lideranças comunitárias. Na quarta-feira, Eduardo Bolsonaro foi às redes para fazer acusações falsas sobre um suposto envolvimento de integrantes do governo federal com o crime organizado do Rio de Janeiro.

“Flávio Dino, o ministro que entra na Maré, complexo de favelas mais armado do Rio, com apenas dois carros e sem trocar tiros”, escreveu Eduardo no Twitter, acrescentando que o integrante do Planalto será convocado pela Comissão de Segurança Pública da Câmara para “explicar o nível de envolvimento dele e seu chefe, Lula, com o crime organizado carioca”. O deputado classificou o episódio como “absurdo” e questionou as razões para a visita, embora as informações sobre a agenda tenham sido tornadas públicas normalmente pela pasta no dia seguinte ao encontro, inclusive com diversas fotos de divulgação.

“O que ele foi discutir lá: desarmamento? Recadastramento? Assassinato de policiais? Apreensão de drogas? Ou agradecer o crime por não permitir propaganda de Bolsonaro nestas áreas durante as eleições?”, perguntou Eduardo em uma segunda mensagem postada na rede social.

Após a repercussão, Eduardo disse não ter feito acusações sobre Dino. De acordo com o deputado federal, ele apenas cobrou explicação: “Não é normal um ministro que comanda polícias entrar assim em área dominada pelo crime”, disse em nova publicação.

O Globo