Entrada do Brasil na OCDE perde prioridade

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Foto: Neila Rocha/Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações

O governo Lula reduziu os cargos da equipe brasileira junto à OCDE em Paris. Duas vagas foram cortadas da missão, que agora ficou com nove membros. Na visão de diplomatas, a iniciativa sinaliza que a adesão do País à OCDE não é mais prioridade. E a previsão é que mais postos na organização sejam enxugados nos próximos anos, com o vencimento do período mínimo de permanência dos diplomatas. A adesão ao “clube dos países ricos” foi um dos objetivos de Bolsonaro na política externa, mas não se concretizou primeiro porque os EUA preferiram apoiar a Argentina, em 2019, e depois por dificuldades do Brasil em se alinhar às práticas da entidade. A entrega do memorando inicial do País só ocorreu em outubro, dias antes da derrota nas urnas.

O governo também reformulou postos na América do Sul, com a previsão de abertura de 16 vagas de diplomatas para a embaixada do Brasil em Caracas, na Venezuela, fechada no governo Bolsonaro.

A Argentina também mudou de classificação, o que vai permitir, segundo diplomatas, que servidores de primeira linha possam ocupar postos em Buenos Aires.

O secretário de Estado americano Antony Blinken soube horas antes que o ucraniano Volodmir Zelenski conversaria com Lula. Foi informado na reunião que teve com Mauro Vieira, na Índia. O americano reagiu de forma positiva ao diálogo aberto pelo Brasil com a Ucrânia – Lula conversou com Vladimir Putin em dezembro, pouco antes de tomar posse. A Blinken, Vieira reafirmou o interesse do Brasil de abrir as negociações entre os dois países para cessar-fogo.

Estadão