Juíza de Moro solta acusados de querer matá-lo
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Apontada como integrante da facção criminosa que pretendia sequestrar o senador Sergio Moro, a babá Cintia Aparecida Pinheiro Melesqui, conhecida como “Luana”, ganhou o direito de responder ao processo em liberdade. Em decisão da juíza Gabriela Hardt, da 9°Vara Federal de Curitiba, a suspeita que teria alugado uma chácara, nos arredores de Curitiba, que seria utilizada para o sequestro do ex-juiz federal foi solta após cinco dias detida. A magistrada levou em conta o fato de Cintia ter uma filha de nove anos, endereço fixo e não possuir antecedentes criminais.
“As condições pessoais (como primariedade, bons antecedentes e residência fixa) não afastam as razões que sustentam a prisão preventiva, bem como não elidem, de plano, a relação da requerente com os graves fatos em apuração”, diz trecho da decisão de Gabriela Hardt.
De acordo com a PF, a babá se passava pelo codinome “Luana” para buscar imóveis que seriam utilizados como cativeiro no plano de homicídio contra Moro. O carro, modelo Corsa, utilizado para vigiar o senador e sua família também estaria no nome da suspeita.
Gabriela Hardt, no entanto, baseou a decisão na “prioridade absoluta na proteção às crianças”, princípio da Constituição Federal. O mesmo argumento foi usado na soltura de Aline de Lima Paixão, apontada pela PF como mulher de Janeferson Aparecido Mariano Gomes — que seria o líder do grupo. Aline tem três filhos pequenos, o que foi levado em consideração por Hardt.
Seis outros investigados permanecem presos. No último domingo, Reginaldo Oliveira de Sousa, conhecido como Rê, e Valter Lima Nascimento, o Guinho, tiveram a prisão temporária prolongada em mais cinco dias.