Mourão acha que Bolsonaro vai culpar laranjas por joias

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Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ex-presidente Hamilton Mourão afirmou, nessa quinta-feira (9/3), que o caso das joias sauditas envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro “é complicado”. Para ele, “a corda vai acabar arrebentando no lado mais fraco”, atingindo aliados do ex-chefe do Planalto.

A declaração foi dada após o ex-vice ter sido questionado sobre a atuação do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, que teria intermediado a entrega de pedras preciosas.

Apesar de, agora, comentar o caso, o general afirma que é “muito chato tecer alguma consideração” sobre o assunto “sem ter todos os dados”.

Nessa quinta-feira (9/3), o Tribunal de Contas da União (TCU) proibiu Bolsonaro de usar, dispor ou vender as joias da Arábia Saudita até o fim das investigações.

O TCU abriu investigação para apurar se houve tentativa de descumprir as regras de entradas de bens no país e “afronta à diferenciação do que seja bem público e do que seja bem pessoal”.

Os presentes dos sauditas incorporados ao acervo pessoal do ex-presidente são parte de um estojo com relógio, caneta, abotoaduras, um tipo de rosário e anel da marca de luxo suíça Chopard.

Além disso, outro lote de joias, avaliadas em mais de R$ 16 milhões (incluindo colar, brincos, anel e relógio), também foi enviado ao ex-presidente e à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro por meio da comitiva liderada por Bento Albuquerque.

Apesar das quatro tentativas de resgatar as peças, envolvendo o gabinete presidencial de Bolsonaro, três ministérios (Economia; Minas e Energia; e Relações Exteriores) e militares, os itens continuam retidos na Receita. O caso agora é investigado pela Polícia Federal.

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