Presidente da Petrobras fala em explorar petróleo na Amazônia

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Foto: Adriano Machado/Reuters

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu em vídeo enviado ao blog um projeto da companhia qu e prevê a exploração de petróleo e gás na foz do Rio Amazonas.

“Se for comprovada a viabilidade do projeto, será um salto em direção ao futuro, uma verdadeira alavanca de novos investimentos e oportunidades”, diz Prates. “Depois da bacia de Campos e do pré-sal, estamos diante da mais nova fronteira do país, a Margem Equatorial, que vai da costa do Amapá até o Rio Grande do Norte.”
Prates argumenta que o primeiro poço que a Petrobras pretende perfurar fica a 500 km da foz do rio Amazonas, uma equivalente entre Rio de Janeiro e São Paulo.

“A perfuração do primeiro poço será um rabalho temporário, com duração previsa de apenas 5 meses. Em quase 7 décadas de trajetória, a gente se orgulha de nunca ter registrado um vazamento ou blow out durante a atividade de perfuração em alto-mar. Com o resultado da fase de investigação e perfuração, a sociedade terá o direito de saber qual o real potencial dessa área e a partir daí vamos aprofundar o debate sobre a continuidade ou não do projeto”, afirma o presidente da Petrobras.

A proposta, entretanto, pode colocar o presidente da Petrobras em rota de possível colisão com a área ambiental do governo. Durante a de 2022, Lula (PT) defendeu pautas ambientais e afirmou em várias ocasiões colaborar com as propostas para diminuir os impactos no meio ambiente.

Para caminhar, o projeto depende de aval do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), subordinado ao Ministério do Meio Ambiente.

Em entrevista ao site Sumaúma, a titular Marina Silva, afirmou que olha para projeto de exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas “do mesmo jeito que olhei para (Usina Hidrelétrica de) Belo Monte. É altamente impactante, e temos instrumentos para lidar com projetos altamente impactantes.”

G1