Quatro ministros de Lula são convidados a falar na Câmara

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Foto: Cristina Boeckel/g1 Rio

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara aprovou nesta quarta-feira (22) convites para ouvir quatro ministros do governo Lula.

Os requerimentos, que inicialmente previam a convocação dos ministros, foram convertidos em convites após acordo entre os parlamentares da base e da oposição.

Diferentemente da convocação, o convite não obriga o comparecimento das autoridades. Os titulares das pastas, no entanto, costumam acertar com deputados aliados datas para as audiências, evitando dessa forma a convocação, considerada um desgaste político.

Foram convidados os ministros:

Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública. Ele deverá prestar esclarecimentos sobre sua visita ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro;
Carlos Lupi, da Previdência Social, para prestar esclarecimentos sobre os descontos supostamente desautorizados na folha de pagamento dos aposentados em benefício de entidades sindicais. Ele deverá comparecer no dia 26 de abril;
Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária, para prestar esclarecimentos sobre denúncias de invasões de terras privadas produtivas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST);
Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, para prestar esclarecimentos sobre as declarações no sentido de que 120 milhões de brasileiros passam fome no país, bem como, a respeito do recorde de desmatamento na Amazônia em fevereiro de 2023 e das políticas ambientais adotadas pelo ministério.
Segundo a presidente da comissão, deputada Bia Kicis (PL-DF), os ministros convidados comparecerão no mês de abril, com exceção da titular da pasta de Meio Ambiente, Marina Silva, que deve falar na comissão em maio.

Os deputados também aprovaram um convite para convidar João Fukunaga, presidente da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ).

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara também aprovou um convite para ouvir Dino sobre ações da pasta de Justiça e Segurança Pública.

Um acordo entre parlamentares da base e da oposição acertou a data de 28 de março para a audiência.

Apesar da proposta de alguns parlamentares de unificar as audiências para ouvir o ministro, que também deverá ser chamado à Comissão de Segurança Pública, a ideia não deve prosperar e Dino deve prestar esclarecimentos apenas à CCJ na próxima terça.

“São 66 deputados na CCJ, 38 na Segurança Pública, e 22 na CFFC, total de 126 deputados, fora os deputados de fora que vão querer participar. É óbvio que não se torna produtivo. O ministro fica cansado, os deputados ficam cansados. São vários temas que serão abordados”, afirmou o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).

G1