Sob Lula, militares deixam civis cuidarem de seus escândalos

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Foto: Alan Santos/Presidência

Exército e Marinha não abriram, nos últimos dez dias, quaisquer sindicâncias para apurar o comportamento de seus militares no caso das joias da Arábia Saudita que seriam presentes para Jair e Michelle Bolsonaro. E nem pretendem abrir. Pelo contrário: as duas forças não têm planos de conduzir investigações próprias sobre o tema, com foco em eventuais descumprimentos de seus quadros a normas internas, como as do Estatuto dos Militares.

O transporte das joias para o Brasil e a operação para “resgatá-las” da Receita Federal envolveram, da parte da Marinha: Bento Albuquerque (almirante); Marcos André Soeiro; Jairo Moreira da Silva (primeiro-sargento)e José Roberto Bueno Júnior (contra-almirante). Do Exército, apareceram Mauro Cid (tenente-coronel) e Cleiton Holzschuk (segundo-tenente).

O entendimento dos dois comandos é que já há apurações externas em curso (como na PF e no TCU) e que esse é o curso a ser seguido. O Exército, ao ser questionado sobre Mauro Cid, ainda acrescenta que “o militar encontrava-se em cargo fora da Força” e que, portanto, “o processo investigativo deve ser instaurado pelo órgão ao qual ele estava subordinado” (a Presidência da República, onde o militar atuava como ajudante de Bolsonaro).

O Globo