Testemunha diz à CPI que Exército tentou golpe

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Foto: Carlos Vieira/CB/D.A.Press

O ex-secretário-executivo da Secretaria de Segurança Público do Distrito Federal (SSP-DF) Fernando de Sousa Oliveira detalhou que após os ataques terroristas na Praça dos Três Poderes, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi proibida de entrar na Avenida do Quartel General do Exército. A declaração foi dada, nesta quinta-feira (2/3), na primeira oitiva realizada pela Comissão Parlamentar de Inquérito dos Atos Antidemocráticos.

“Não foi permitida a prisão dos criminosos que adentraram no (Avenida do) Quartel General do Exército. No momento já estava em intervenção. Era para ser cumprida as prisões. Havia uma linha de (caminhões) blindados. A PM ficou alocada no lado de fora do QG”, contou. “Fui informado pelo coronel Fábio (Augusto Vieira), que não seria cumprido as prisões naquele momento”, completou.

Conforme noticiou o “Correio Braziliense”, o ministro Flávio Dino, em uma conversa com o então general Júlio César de Arruda, proibiu a entrada de policiais militares no QG na noite do dia 8. Só foi liberada a entrada na manhã de 9 de janeiro.

Após esse caso, o general foi demitido pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ex-braço direito de Torres prestou depoimento, na manhã dessa quinta-feira (2/3), na CPI dos Atos Antidemocráticos, na Câmara Legislativa. Logo após, a oitiva será da ex-subsecretária de Inteligência e também delegada da PF Marília Ferreira Alencar.

Após a oitiva de todos os depoentes, nessa primeira fase, existe a expectativa de serem lidos outros itens para discussão e votação sobre a convocação de mais envolvidos. Entre eles, estão os envolvidos na tentativa de atentado de bomba na véspera de Natal, no Aeroporto de Brasília; e do interventor federal da segurança pública Ricardo Cappelli.

A comissão de inquérito é formada por Chico Vigilante (PT) — presidente; Jaqueline Silva — vice-presidente: Hermeto — relator; Pastor Daniel de Castro (PP), Robério Negreiros (PSD), Joaquim Roriz Neto (PL) e Fábio Felix (PSol).

Estado de Minas