Assessor de Damares que pôs bomba em aeroporto debocha da Justiça

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Foto: Reprodução

O blogueiro Wellington Macedo de Souza, de 47 anos, foragido há quatro meses por envolvimento em tentativa de ataque a bomba em caminhão, revelou que está escondido na fazenda de um empresário bolsonarista e diz que não vai se entregar à polícia. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, ele contou que se sente “alvo de perseguição do Judiciário”.

Terceiro envolvido na preparação do ataque, em dezembro de ano passado, o jornalista cearense teve a identidade revelada em janeiro deste ano. Ele estava em prisão domiciliar e é considerado foragido após retirar, de forma ilegal, a tornozeleira eletrônica que usava.

Na entrevista, realizada nesta terça-feira, ele defende sua inocência e diz que sequer sabia sobre o plano de detonação do artefato explosivo. O bolsonarista proprietário da fazenda onde Wellington diz estar escondido é, segundo ele, um produtor rural que conheceu no acampamento dos atos golpistas após a vitória do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Macedo já havia sido preso pela Polícia Federal em setembro de 2021, suspeito de articular e financiar um ato antidemocrático no dia 7 de setembro daquele ano. Em outubro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a soltura do jornalista. Moraes entendeu que não havia mais justificativa para a manutenção da prisão, uma vez que a data do ato já havia passado. O ministro, então, determinou que Macedo ficasse em prisão domiciliar, com uma tornozeleira eletrônica.

Antes de ser preso, o jornalista deu uma declaração polêmica sobre uma possível invasão do STF no 7 de setembro de 2021: “A possibilidade é de 80%. São centenas de ônibus. Quando falamos que o povo está indo para Brasília para retomar o poder, é a retomada do poder, já que o presidente da República não tem mais poder”, afirmou, segundo o Estado de Minas.

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Macedo foi candidato a deputado federal pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) nas eleições de 2022. Em uma rede social, ele dizia ser “fundador da Marcha da Família Cristã pela Liberdade”. Mesmo condenado, o jornalista frequentava o acampamento de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além disso, ele trabalhou com a senadora Damares Alves (Republicanos) no Ministério dos Direitos Humanos, no início do governo de Bolsonaro. Ele era assessor da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e ganhava um salário mensal de R$ 10 mil.

O Globo