Bolsonarista do BC vai ao Senado defender juros altos

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Foto: Mateus Bonomi/AGIF/AFP

Dois dias depois de ir à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, onde teve embates com a base do governo Lula e foi bajulado pela oposição ex-colegas do governo Bolsonaro, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vai voltar à Casa na manhã desta quinta para participar de um debate no plenário sobre “juros, inflação e crescimento”, a partir das 10h. Campos Neto vai compor a mesa ao lado do anfitrião e proponente da sessão temática, Rodrigo Pacheco, e dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet — que fazem coro a Lula nas críticas à elevada taxa de juros do país. No mês passado, o presidente chegou a dizer a Pacheco que iria ao Senado para debater com o chefe do BC, mas acabou desistindo da ideia.

Entre os debatedores confirmados estão Armínio Fraga (ex-presidente do Banco Central e sócio-fundador da Gávea Investimentos), Rodrigo Maia (ex-presidente da Câmara dos Deputados e atual presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras), Isaac Sidney (presidente da Febraban), Robson Braga de Andrade (presidente da CNI) e Josué Gomes da Silva (presidente da Fiesp). Completam a lista Fernanda Schwantes (Gerente Executiva de Economia da Confederação Nacional do Transporte), Bruno Funchal (CEO da Bradesco Asset Management e ex-secretário do Tesouro Nacional), Guilherme Macedo Reis Mercês, Fernando Martins, Paulo de Oliveira Costa e Carlos Viana de Carvalho. No requerimento para a realização do debate, o presidente do Senado afirmou que os senadores querem saber os motivos “das elevadas expectativas inflacionárias e dos vultosos juros reais que predominam no Brasil”. “A manutenção dos juros elevados por mais tempo, embora traga segurança quanto ao atingimento das metas de inflação, também compromete o crédito, o ímpeto empreendedor e o crescimento de curto prazo. Ao mesmo tempo em que não é viável o aumento descontrolado de preços, também não é desejado o sufocamento da economia no curto prazo”, escreveu Pacheco.

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