Bolsonaro agora quer divulgar inquérito no STF
18/07/2022 – ‘Eu teria dezenas e dezenas de vídeos para passar para os senhores por ocasião das eleições de 2018, onde o eleitor ia votar e simplesmente não conseguia votar. Ou quando ele apertava número 1 e depois ia apertar o 7 e aparecia o 3, e o voto ia para o outro candidato’, disse Bolsonaro em apresentação a embaixadores – Foto: Reprodução
Após pedir o sigilo parcial da ação que pode torná-lo inelegível, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou nesta quinta-feira a suspensão da medida adotada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A equipe jurídica que atende o ex-mandatário aponta a necessidade de divulgação das alegações finais para “conhecimento e escrutínio públicos”.
A defesa de Bolsonaro critica o que chamou de “ampla, cabal e irrestrita divulgação, em essência, pela imprensa nacional, do exato teor das alegações finais formuladas pela Procuradoria- Geral Eleitoral”. Na avaliação dos advogados, houve “vazamento ilegal, a merecer a devida apuração e as responsabilizações derivadas “.
No documento encaminhado ao corregedor-geral do TSE, Benedito Gonçalves, os advogados de Bolsonaro dizem que o acesso ao conteúdo da ação deve ser dado devido aos “inúmeros pedidos da imprensa”.
“Diga-se, de passagem, que, ao longo das últimas horas, os subscritores da presente manifestação têm recebido inúmeros pedidos formulados por profissionais da imprensa escrita e televisionada para disponibilização e acesso às alegações finais apresentadas, para fins de contraponto jornalístico”, diz o documento assinado pela equipe do advogado Tarcísio Vieira de Carvalho Neto.
A ação em questão, proposta pelo PDT, trata da reunião realizada no palácio da Alvorada em julho do ano passado, quando o ex-mandatário fez uma série de ataques ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas. Nesta quarta-feira, o Ministério Público Eleitoral se manifestou a favor do pedido da legenda e pela inelegibilidade do ex-presidente.
A ação havia sido colocada temporariamente em sigilo pelo corregedor atendendo a um pedido da defesa do ex-presidente feito no momento da entrega das alegações finais , que alegava a presença de depoimentos sigilosos no escopo dos documentos entregues à Corte.