Bolsonaro ficará inelegível até 2031

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Foto: Isac Nóbrega/PR

A manifestação do Ministério Público Eleitoral a favor da suspensão dos direitos políticos de Bolsonaro conduz à reta final a ação que deve afastá-lo das urnas até o ano de 2031. O ministro Benedito Gonçalves, relator do caso no TSE, está liberado para fechar o seu voto. Estima-se que o julgamento deve ocorrer entre o final deste mês de abril e a primeira quinzena de maio. A maior injustiça que se pode cometer com os juízes do Tribunal Superior Eleitoral é atribuir-lhes alguma participação na provável morte política de Bolsonaro pelos próximos oito anos, o prazo da inelegibilidade. Os magistrados que votarem pela condenação vão apenas confirmar os ternos de um atestado de óbito. Foi emitido por uma legisla insuspeita, chamada “Evidência”.

No espaço reservado à causa mortis, a Evidência escreveu: “Suicídio”. Nesta ação que está prestes a ser julgada, a exemplo de outras 15 que aguardam na fila, a conduta atribuída a Bolsonaro é estranha, algo psicótica. Um presidente que disputa a reeleição e reúne embaixadores estrangeiros para desqualificar o sistema eleitoral e as urnas que o elegeram durante três décadas não é senão um suicida. Durante toda a sua carreira política, Bolsonaro fez o pior o melhor que pôde. No Planalto, esqueceu de maneirar. Consumando-se o suicídio, o capitão ficará de fora das próximas quatro eleições: as municipais de 24 e 28; e as presidenciais de 26 e 30. Há no momento um corre-corre em torno do quase-defunto político. Quem vê de longe pensa que estão tentando ressuscitar o morto. De perto, percebe-se que tudo não passa de uma briga pelo espólio do bolsonarismo. Numa ponta do caixão está Tarcísio de Freiras. Na outra, Valdemar Costa Neto, abraçado a Michelle. No meio, o ex-chefe da Casa Civil Ciro Nogueira, tentando costurar desde logo a chapa Tarcísio-Michelle.

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