Dificuldades do governo mantêm STF com 10

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Foto: EVARISTO SÁ/AFP

A indicação do novo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), esperada para a semana passada, deve ser concretizada a partir de quinta-feira (27), quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegar da visita a Portugal e à Espanha. As viagens internacionais e as crises em série no governo adiaram o anúncio público do nome do substituto de Ricardo Lewandowski. Interlocutores de Lula afirmam que o advogado criminalista Cristiano Zanin ainda é o mais cotado para a vaga. Lewandowski se aposentou no último dia 11. Depois disso, Lula foi à China e aos Emirados Árabes. Voltou ao Brasil rapidamente e emendou outra viagem. Entre um destino e outro, várias crises estouraram.

Na semana passada, foi divulgado o vídeo que mostrou o então chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Gonçalves Dias, ajudando bolsonaristas a saírem ilesos da invasão ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro. As imagens culminaram na queda do general. Paralelamente, cresceu no Congresso Nacional o alvoroço em torno de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) sobre a tentativa de golpe de 8 de janeiro. Em meio a esse cenário, o governo tenta viabilizar a aprovação do arcabouço fiscal entre os parlamentares. A depender da situação política do país quando Lula desembarcar, a indicação do novo ministro do STF pode ficar para depois do feriado de 1º de maio. Depois de anunciado o jurista escolhido, ele precisa ser submetido a sabatina na CCJ (Comissão e Constituição de Justiça) do Senado e, depois, ter o nome aprovado em votação no plenário da Casa. O ideal é que a nomeação ocorra com um quadro de harmonia entre o governo e o Congresso, para que a aprovação do novo ministro não seja mais um elemento nas negociações políticas.

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