Lula comprou móveis devido destruição dos Bolsonaro
Palácio da Alvorada – Foto: Infoglobo/Daniel Marenco
O governo federal gastou R$ 196.770 com apenas seis peças de móveis para a decoração da suíte presidencial do palácio do Alvorada. Parte das compras — uma cama, dois sofás e duas poltronas — foram feitas em uma loja de decoração em Brasília, com um colchão “king size” sendo adquirido em outra loja.
Os itens mais caros são o sofá, que possui um mecanismo para reclinar cabeça e pés, por R$ 65.140, e a cama, por R$ 42.230, com ambas as peças sendo revestidas em couro italiano 100% natural com tratamento exclusivo para evitar ressecamento, segundo dados obtidos pela Folha de S. Paulo via Lei de Acesso à Informação.
Procurado pela publicação, o governo federal informou que “a compra se deve ao estado em que foi encontrada a mobília do palácio”, afirmando que, agora, os móveis “fazem parte do acervo da União”.
“A ausência de móveis e o péssimo estado de manutenção encontrado na mobília do Alvorada exigiram a aquisição de alguns itens. Os móveis adquiridos agora integram o patrimônio da União e serão utilizados pelos futuros chefes de Estado que lá residirem. Se o palácio não tivesse sido encontrado nas condições em que foi, não teria sido necessário efetuar a compra de móveis”, disse a Secretaria de Comunicação em nota.
Danos, infiltrações e janelas quebradas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, se mudaram no início de fevereiro para o Palácio do Alvorada. No primeiro mês de governo, Lula se se hospedou em um hotel na área central de Brasília. Nas últimas semanas, ele vinha reclamando por não poder utilizar o palácio, que passou por uma reforma.
Lula e Janja visitaram o Alvorada pela primeira vez em 3 de janeiro, quando avaliaram as condições do local. De acordo com a primeira-dama, havia infiltrações, janelas quebradas, danos em tapetes e sofás rasgados.