Ministros do STF influirão na sucessão de Lewandowski

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Foto: Aílton de Freitas

Uma semana após a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski, integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) esperam ser ouvidos sobre a escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a vaga. Além do próprio Lewandowski, que o petista disse que consultaria antes de decidir, o GLOBO apurou que há uma expectativa que Lula também ouça a presidente do tribunal, ministra Rosa Weber, e o ministro Alexandre de Moraes antes de anunciar um nome.

A avaliação nos bastidores do Supremo é que o presidente dialogue com os ministros a respeito de candidatos que contam com seus apoios, como já ocorreu em momentos anteriores com Lula. Nessas conversas, o presidente deve apontar quem é o seu favorito. Hoje, o principal nome cotado para o posto é o advogado Cristiano Zanin, que defendeu o petista em ações da Lava-Jato.

A conversa com Lewandowski é considerada um gesto de grande importância por parte de Lula, uma vez que a atuação do ministro é considerada de grande valia não só para o presidente quanto para setores do PT. O agora ministro aposentado defende a candidatura de seu ex-assessor e secretário-geral, Manoel Carlos de Almeida Neto.

Para quem acompanha os movimentos no STF, Rosa Weber, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes têm um papel institucional que deve ser levado em consideração por Lula nestas conversas. Na Corte, há o interesse de que a escolha do sucessor de Lewandowski não demore, já que no momento o tribunal está funcionando com apenas dez ministros — número que pode levar a empates nos julgamentos, ocasionando pausas ou resultados automaticamente favoráveis aos réus, como acontece nos habeas corpus.

Pelo processo previsto na Constituição, depois de o presidente indicar o nome do próximo ministro, o escolhido ainda precisa passar por uma sabatina na Corte de Comissão e Justiça (CCJ) do Senado. Depois, ele é submetido à aprovação do plenário da Casa.

O Globo