Mundo vai crescer menos neste ano
Foto: Andresr/Getty Images
O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo a estimativa de crescimento da economia brasileira em 2023. De acordo com previsões divulgadas nesta terça-feira (11/4), no estudo Panorama Econômico Global (World Economic Outlook), o avanço do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de riquezas do país) nacional deve ficar em 0,9% neste ano. Em janeiro, a expectativa era que esse número alcançasse 1,2%. Para 2024, a projeção é de 1,5%.
Para 2023, o número do FMI para o Brasil está em sintonia com as previsões internas. Na segunda-feira (10/4), o relatório Focus, feito pelo Banco Central (BC) a partir de pesquisa semanal com cerca de 150 analistas de mercado, cravou um crescimento de 0,91% para o país neste ano.
A estimativa nacional, contudo, está abaixo das previsões mundiais e de outros países emergentes, cujas perspectivas também pioraram no último relatório da instituição. Agora, o FMI prevê uma elevação de 2,8% da economia global em 2023; em janeiro, estimava 2,9%. Para a América Latina e o Caribe, o crescimento deve ficar em 1,6% (ante 1,8%, em janeiro). Entre os países da América do Sul, a média esperada é de 1%.
No bloco dos países emergentes, em que o Brasil também está inserido, a média de crescimento deverá ser bem mais elevada: 3,9% neste ano e 4,2% em 2024. Esse grupo, porém, inclui a China, que pode saltar 5,2% em 2023; a Índia, com 5,9%; e a Rússia, com 0,7%. No México, o PIB deve aumentar 1,8%.
O FMI também espera que as economias avançadas tenham, neste ano, uma desaceleração pronunciada. A previsão é que o crescimento passe de 2,7%, em 2022, para 1,3%, em 2023. O número, contudo, pode piorar em um cenário alternativo – classificado como plausível pela instituição – com mais estresse no setor financeiro. Neste caso, a expansão do produto nessas nações seria de apenas 1%.
De acordo com os economistas do FMI, havia “sinais provisórios no início de 2023” de que a economia mundial poderia ter “uma aterrissagem mais suave”. Tal perspectiva, porém, ruiu com “uma inflação persistentemente alta e a recente turbulência no setor financeiro”, tanto nos Estados Unidos (capitaneada pelo Silicon Valley Bank) como na Europa (com o Credit Suisse).