Psiquiatra do governo do DF atesta estado de Torres
Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo
A defesa de Anderson Torres vai apresentar nesta semana um recurso ao plenário do Supremo Tribunal federal (STF) para tentar soltar o ex-ministro da Justiça. Na sexta-feira, o magistrado Alexandre de Moraes decidiu pela manutenção da prisão.
Um dos principais argumentos apresentados ao STF será a piora do estado de saúde de Torres depois que seu pedido de liberdade foi negado. Na semana passada, o Ministério Público Federal se manifestou a favor de sua soltura, com o cumprimento de medidas cautelares.
O piora do quadro psiquiátrico do ex-ministro foi o argumento apresentado pelos advogados para adiar o depoimento de Torres para a Polícia Federal, marcado para esta tarde.
“Após ter ciência do indeferimento do pedido de revogação de sua prisão preventiva, o estado emocional e cognitivo do requerente, que já era periclitante, sofreu uma drástica piora. Nesse cenário, a psiquiatra da Secretaria de Saúde do DF que o atende atestou, em 22/04/2023, a impossibilidade de Anderson Torres ‘comparecer a qualquer audiência no momento por questões médicas (ajuste medicamentoso), durante 1 semana’”, escreveu a defesa na petição.
Como informou a coluna, o laudo feito por um psiquiatra do governo do Distrito Federal no início do mês atestou ”piora significativa” de Anderson Torres na prisão, com perda de peso — cerca de 10 quilos — e aumento de crises de choro e ansiedade. Um novo documento será apresentado no pedido que a defesa de Torres levará ao STF até sexta-feira.