Senado convoca bolsonarista do BC para explicar juros

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Foto: Igo Estrela/Metropoles

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, foi convocado para uma audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. O gestor será questionado sobre a taxa de juros de 13,75% praticada pelo BC.

O encontro ocorrerá em 25 de abril. A audiência estava prevista para o início deste mês, mas acabou remarcada devido ao feriado da Semana Santa.

Além de comparecer à CAE, Campos Neto participará de um debate com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em 27 de abril. A taxa de juros também será o tema principal da discussão, convocada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. Quando o BC aumenta os juros, o objetivo é segurar a demanda aquecida, o que se reflete nos preços — os juros mais altos encarecem o crédito e, assim, ajudam a conter a atividade econômica, com menos dinheiro em circulação. Atualmente, o índice praticado é de 13,75%.

A taxa é alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de lideranças do Partido dos Trabalhadores, como a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann. O chefe do Executivo Federal chegou a afirmar que o índice é “absurdo” e prejudica o investimento no país.

Mesmo após a insatisfação demonstrada pelo presidente e pela base aliada, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, manteve, em decisão de março, a Selic em 13,75% ao ano. Apesar da deflação brasileira, foi considerado o cenário internacional “adverso e volátil” e a alta dos juros americanos para a decisão.

Além de Haddad e Campos Neto, o debate no Senado deve contar com participação de Simone Tebet, ministra do Planejamento, e de Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central. Outras autoridades e economistas

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