Twitter baixa bola e adminite negociar com o governo

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Flávio Dino durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (12), em Brasília — Foto: Reprodução/TV Brasil

Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (12), na qual apresentou medidas para prevenção a ataques em escolas, o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que houve avanços nesta no diálogo de sua pasta com empresas ligadas a redes sociais.

De acordo com o ministro, uma empresa que se posicionava de forma “muito resistente ou muito reticente” a medidas para identificação de perfis e remoção de publicações tratando de ataques contra escolas se reuniu com a advogada Estela Aranha, assessora do Ministério, e mostrou “visão mais colaborativa” em relação às propostas do governo federal.

Segundo apurou o blog, a empresa mencionada pelo ministro é o Twitter. Representantes do Twitter procuraram o Ministério da Justiça para dizer que, agora, estão dispostos a cumprir todas as solicitações emitidas pelas autoridades para retirar publicações do ar.

Como o blog publicou na terça-feira (11), a fala de uma representante da rede causou espanto durante reunião entre representantes de redes sociais e autoridades brasileiras. Adela Governa, que participou remotamente do encontro, afirmou no encontro que um perfil com foto de assassinos de crianças (perpetradores dos massacres em escolas) não violava os termos de uso da rede e que não se tratava de apologia ao crime.

Medidas de prevenção
Na entrevista desta quarta-feira, o ministro apresentou medidas para reforçar a segurança nas escolas. Entre elas, estão:

  • trabalho coordenado com delegacias de crimes cibernéticos para identificar material de apologia a ataques;
  • proibição para plataformas aceitarem novos perfis a partir de endereços já identificados como ameaçadores para escolas;
  • enviar aos governadores sugestão para a criação de comitês estaduais de segurança nas escolas;
  • determinar que plataformas sejam obrigadas a repassar ao delegado de polícia dados que permitam a identificação do usuário ou do terminal de conexão com a internet imediatamente a fim de facilitar as investigações da autoridade policial;
  • determinar a plataformas a retirada de conteúdo considerado ilícito.

G1