Vítima de racismo no GSI pede ajuda a Lula

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Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Maurício Nascimento, um ex-cadete negro da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), pediu a Lula e ao ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, no último domingo (23/4), a anulação de uma punição que recebeu há 47 anos.

Nascimento foi punido juntamente com outros nove cadetes. Um deles era o general Gonçalves Dias, ex-chefe do GSI de Lula. Nascimento alega que foi alvo de racismo, uma vez que G. Dias e outros cadetes brancos não sofreram pena de expulsão. Os cadetes foram acusados de colar em testes da Aman, o que Nascimento nega.

No documento enviado a Lula e a Almeida, obtido pela coluna, Nascimento disse que busca evitar a “eternização da injustiça”. O ex-cadete afirmou que havia formalizado o pedido a Jair Bolsonaro, mas que o caso foi “acobertado” pelo ex-comandante do Exército Paulo Sergio Nogueira.

“Ao recepcionar os requerimentos de anulação de punição disciplinar, apresentados pelo requerente, [Paulo Sergio Nogueira] recusou-se a analisá-los, colocando este procedimento administrativo disciplinar sob ‘sigilo eterno’, mantendo incólume a discriminação racial sofrida pelo requerente no Curso de Oficiais da Aman”, disse Nascimento.

Nascimento alegou que alguns anos depois de ter sido impedido de se formar no oficialato das Agulhas Negras, a Aman argumentou que não existia processo de punição algum, mas ainda assim o ex-cadete não foi reintegrado à academia.

Metrópoles