90% do mercado financeiro rejeita Haddad

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Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Para 90% do mercado, a política econômica do Governo Lula está caminhando na direção errada. O número faz parte de pesquisa da Genial Investimentos e da Quaest Pesquisa e Consultoria, divulgada nesta quarta-feira (10/5).

Porém, a fatia de executivos pessimistas quanto aos rumos da economia sob Lula diminuiu em relação à 1ª edição da pesquisa “O que pensa o mercado financeiro”, de março de 2023. À época, 98% dos entrevistados afirmavam que a política econômica do governo estaria no rumo errado.

A pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (9/5), consultou 92 executivos ligadas a fundos de investimentos com sede nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, entre os dias 4 e 8 de maio.

A expectativa para os próximos 12 meses também melhorou, já que saiu de 78% para 61% a parcela de operadores do mercado financeiro que consideram haver uma tendência de piora nos próximos meses no que se refere à economia. Outros 13% dizem esperar uma melhora, enquanto 26% consideram que haverá um manutenção do cenário atual.

A pesquisa ainda aponta que 80% do mercado considera que o governo não está preocupado com a queda da inflação. Vale destacar que as entrevistas foram realizadas após a a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que manteve a taxa Selic em 13,75%.

Para 88% dos entrevistados, a decisão do comitê foi acertada ao não alterar a taxa de juros pela sexta vez. A medida adotada pelo comitê foi alvo de críticas do governo federal.

A maior parcela dos executivos diz esperar que a taxa Selic caia ainda neste ano. Na análise de 34% dos entrevistados, o Copom deve decidir pela redução em agosto. Os palpites para setembro e novembro pontuam 25% e 20%, respectivamente.

Diminuiu a proporção de executivos que consideravam haver risco de recessão neste ano. Em março, 73% afirmavam estar pessimistas quanto ao risco do país entrar em recessão. Nessa última edição, porém, 40% consideram o cenário plausível.

A opinião do mercado sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também melhorou. Em março, ele tinha apenas 10% de aprovação. Atualmente, são 26%.

No período entre a realização das pesquisas, Haddad apresentou o novo arcabouço fiscal, regramento que vai substituir o teto de gastos. A ideia do novo arcabouço é estabilizar a dívida pública, equilibrar contas do governo e aumentar investimento em áreas prioritárias, garantindo credibilidade e mais confiança do mercado.

Apenas 3% dos operadores do mercado financeiro consideraram a proposta apresentada como positiva. Já 49% afirmaram ser regular, enquanto 48% dizem ser negativa.

Metrópoles