Anderson Torres foi solto para cantar na CPMI

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Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A liberdade esperada pelo ex-ministro Anderson Torres foi alcançada ontem. Mas, por outro lado, pode também ser razão de dor de cabeça para ele e para os parlamentares defensores de Jair Bolsonaro e de seu governo.

A partir de agora, devem pipocar requerimentos de convites e convocações de Torres em comissões do Congresso Nacional, na CPMI do 8 de janeiro – quando for instalada – e na CPI da Câmara Legislativa, que já fez tentativas nesse sentido, mas o ex-ministro estava preso.

Os governistas vão tentar levá-lo ao menos a uma audiência pública e tentar expô-lo e fazê-lo cair em contradição. Ou até mesmo a comprometer o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Três questões pesam sobre Torres: a acusação de que negligenciou no 8 de janeiro, quando era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal naquele período; o uso das estruturas da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal para impedir eleitores de Lula de acessarem as urnas na votação do segundo turno no Nordeste; e a minuta de um possível golpe de Estado, encontrada em sua residência.

Os governistas querem que Torres seja o primeiro a ser ouvido na CMPI que irá investigar os atos terroristas de 8 de janeiro.

Para a oposição, que tanto insistiu, a instalação dessa comissão deixou de ser prioridade. As denúncias que apareceram contra Bolsonaro e seus auxiliares, em especial o major Mauro Cid, serviram de injeção de desânimo na turma.

Metrópoles