Blindagem de Bolsonaro vira pó

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Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Jonatas Varella, diretor de dados da Quaest, afirmou que a operação da Polícia Federal teve “impacto muito forte” na imagem de Jair Bolsonaro. Esta operação teve um poder e um impacto muito forte na imagem de Bolsonaro. Ela conseguiu furar a bolha e captar um pouco o bolsonarista e impactar a imagem do ex-presidente. Ainda assim, entre os militantes mais ‘raiz’, houve quem o defendesse, mas com uma estratégia diferente: não foi dizer que ele cometeu crime ou não, mas que foi um crime irrelevante.Jonatas Varella, diretor de dados da Quaest

Em monitoramento realizado pela Quaest nas redes sociais após a ação da PF, Varella percebeu que os defensores do ex-presidente adotaram o discurso de “crime menor” e questionaram a operação para cuidar “apenas” da adulteração de cartões de vacinação. Apesar dessa tática, Varella calcula estragos consideráveis à imagem de Bolsonaro, como afirmou em entrevista ao UOL News.

A discussão [entre os bolsonaristas] foi: era necessária toda aquela operação da PF? Com isso, os opositores do ex-presidente conseguiram emplacar a narrativa que dominou as redes sociais e vai, sim, gerar um impacto negativo na imagem do ex-presidente.Jonatas Varella, diretor de dados da Quaest

Josias de Souza analisou a ação de Alexandre de Moraes em operação contra Jair Bolsonaro e vê o ministro do Supremo Tribunal Federal se esforçando para manter os casos do ex-presidente sob seu controle. Para o colunista, a maioria dos ministros do STF corrobora o comportamento de Moraes devido à ação do ministro durante as últimas eleições. É evidente que Moraes está torturando a jurisprudência para manter Bolsonaro sob sua jurisdição. Em condições normais, esse novo processo sobre cartões falsificados resultaria na abertura de um novo processo, que em tese iria para outro juiz, mas Moraes faz questão de manter Bolsonaro sob sua jurisdição. Ele foi de alvo a algoz de Bolsonaro com paciência, disciplina e muito método.Josias de Souza, colunista do UOL

Lilia Schwarcz comparou a estratégia de Alexandre de Moraes em operação contra Jair Bolsonaro com o método utilizado para capturar o gângster Al Capone. A historiadora e antropóloga vê uma ligação direta entre Bolsonaro e as milícias digitais, que propagam desinformação pelas redes sociais. A estratégia do Moraes é pautada em um modelo que vem sendo copiado e utilizado contra o Al Capone, que tinha muitas culpas no cartório e foi pego por evasão fiscal. Ou seja: você pega a pessoa não por conta dos grandes delitos, mas a partir dos pequenos. O objetivo é pegar Bolsonaro nessa contradição entre o que ele diz em sua campanha negacionista contra a vacinação.Lilia Schwarcz, historiadora e antropóloga

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