Bondades eleitorais de Bolsonaro reduziram desigualdade

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Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

Embora ainda seja alta, a desigualdade de renda diminuiu no Brasil e recuou para o menor patamar em uma década. É o que mostram os dados da pesquisa “Pnad Contínua: rendimento de todas as fontes 2022”, divulgada nesta quinta-feira (11/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento ainda aponta que a recuperação do mercado de trabalho no país e o pagamento do Auxílio Brasil (agora renomeado como Bolsa Família) de R$ 600 fizeram com que os brasileiros vissem seu rendimento médio subir no ano passado.

Segundo o IBGE, o Índice de Gini domiciliar per capita, que mede a desigualdade, recuou de 0,544 para 0,518 entre 2021 e 2022. Trata-se do melhor resultado desde o início da série histórica do instituto, em 2012.

O indicador varia de 0 a 1. Quanto mais perto de zero, menor é a desigualdade de renda. Quanto mais perto de 1, maior é a desigualdade.

“Essa redução da desigualdade é reflexo de um mercado de trabalho menos desigual. Além disso, houve o pagamento do Auxílio Brasil com valor de R$ 600. Tudo isso contribuiu”, afrima Alessandra Brito, analista do IBGE.

“Apesar da diminuição, a desigualdade no Brasil ainda é alta em comparação com outros países”, pondera Brito.

De acordo com a pesquisa do IBGE, o rendimento médio da população brasileira registrou alta de 6,9% em 2022. No ano passado, o rendimento mensal domiciliar per capita foi de R$ 1.586, ante R$ 1.484 em 2021. Com isso, a massa do rendimento mensal real bateu recorde, alcançando R$ 339,6 bilhões.

Os programas de transferência de renda tiveram papel determinante para esse resultado. A participação desses programas na renda média mensal per capita saltou de 4% para 4,6%, entre 2021 e 2022. No ano passado, 16,9% dos lares do país contavam com pelo menos um beneficiário do Auxílio Brasil.

Metrópoles