Celso Amorim encontra Zelenski hoje

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Foto: AFP

O assessor especial da presidência da República, Celso Amorim, deve se reunir nesta quarta-feira (10) com o presidente Volodymyr Zelensky, na Ucrânia, para tratar sobre alternativas de paz na guerra com a Rússia.

A ida a Kiev é vista como estratégica depois que Lula foi criticado por falas sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia e também por receber o chanceler russo, Sergey Lavrov, em Brasília.

Nesta terça, Lula afirmou que espera que Amorim traga da viagem à Ucrânia “indícios de soluções” para a guerra. A declaração foi feita ao lado do primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, após visita oficial em Brasília.

“Hoje [terça] o Celso Amorim chegou à Ucrânia. Ele já tinha ido à Rússia. Ele viajou 12 horas de trem para poder chegar à Ucrania. Eu espero que o Celso me traga não a solução, que ele me traga indícios de soluções para que a gente possa começar a conversar sobre paz. Ele já sabe o que o Putin quer, ele agora vai saber o que quer o Zelensky. Vamos ter instrumentos para conversar com outros países e construir, quem sabe, a possibilidade de pararmos essa guerra”, afirmou o presidente.

Uma das principais bandeira de Lula em relação à guerra tem sido defender a criação de um grupo de países para negociar a paz entre os dois países, uma espécie de “G20 pela paz”.

Em abril, Amorim fez viagem semelhante à Rússia e à França. Em Moscou, o ex-chanceler se reuniu com assessores próximos ao presidente Vladimir Putin. Já no retorno, fez uma parada em Paris, onde também se encontrou com auxiliares do presidente Emmanuel Macron.

Semanas atrás, falas do presidente de que a Ucrânia também era responsável pela guerra geraram críticas das potências ocidentais, como o Estados Unidos.

Em visita recente aos Emirados Árabes Unidos, onde fez uma parada depois de sua viagem à China, o petista atribuiu aos EUA e à União Europeia a responsabilidade pelo prolongamento da guerra.

O governo dos EUA disse que o Brasil “papagueia” propaganda russa e chinesa sobre a guerra na Ucrânia. Após a repercussão, Lula mudou o tom e defendeu a integridade do território da Ucrânia. Recentemente, em Portugal, o presidente brasileiro voltou a condenar a invasão russa.

G1