Entenda o plano de Cid para acobertar Bolsonaro

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Foto: Alexandre Cassiano

A recente mudança na defesa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, levou a especulações sobre uma possível delação premiada do tenente-coronel. Afinal, Rodrigo Roca, indicado por Flávio Bolsonaro, deixou a causa e, em seu lugar, entraram dois advogados, Bruno Buonicore e Bernardo Fenelon — sendo que um deles, Fenelon é especialista em delação.

Os aliados mais próximos de Bolsonaro, no entanto, garantem que não há colaboração à vista. Ao contrário. Cid assumiria totalmente a culpa pela falsificação dos certificados de vacinação de Bolsonaro e de sua filha Laura.

Do mesmo modo, Max Guilherme e Sergio Cordeiro, também ex-assessores de Bolsonaro e que igualmente estão presos como co-participantes da adulteração dos documentos de vacinação, confirmariam o que Cid dirá à PF.

Diz um auxiliar direto:

— Está tudo 100% alinhado.

Assim, a defesa de Cid tentaria negociar um Acordo de Não Persecução Penal, um instrumento pelo qual evita-se a prisão de quem comete crimes de menor gravidade e os confessa.

Resta saber se os celulares e em outros documentos apreendidos na operação da PF da semana passada vão confirmar essa tese da defesa de Cid.

O Globo