Faz-tudo de Bolsonaro assume atos golpistas

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Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Preso pela Polícia Federal no último dia 3, por suspeita de fraudes no sistema de dados do Ministério da Saúde, o tenente-coronel Mauro Cid tem recebido visitas de familiares e também de militares no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília. Segundo apurou o UOL, ex-assessor e braço direito de Jair Bolsonaro (PL) tem procurado demonstrar para quem o visita uma relativa tranquilidade e não dá sinais de que vai “trair” o ex-presidente. Ou seja, fontes ouvidas pela reportagem não acreditam em eventual delação contra Bolsonaro, pelo menos até o momento.

Mesmo assim, as pessoas que o encontraram nos últimos dias afirmam que ele sabe que sua situação se agravou e nem tentou negar o que foi descoberto nas mensagens de seu celular. A avaliação de quem o visitou é que ele ainda não dá sinais de abalo emocional a exemplo do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que está preso desde janeiro.

Em razão da prerrogativa de oficial da ativa de não ser enviado a um presídio comum, Cid está em um cômodo no Batalhão de Polícia do Exército, onde há uma equipe “fica, permanentemente, responsável pela segurança do custodiado (24 horas por dia)”, segundo a instituição. “Sobre as características do local onde ele está, trata-se de um cômodo, com um banheiro e uma janela externa com grade, medindo 4,62 m x 4,45 m, com uma cama de solteiro, um armário, uma mesa de apoio”, explicou o Exército, em nota. O Exército informou ainda que Cid recebe quatro refeições (café da manhã, almoço, jantar e ceia) que são realizadas no mesmo cômodo “onde se encontra recolhido”.

Mensagens de WhatsApp que embasam a prisão de Cid revelam que o ex-ajudante de ordens do então presidente Bolsonaro pede ao sargento Luís Marcos dos Reis a inserção fraudulenta de dados no SUS. Em uma das mensagens Cid diz: “Contigo aí, tá? Joga na minha conta. E vê aí em Goianésia se tem algum cara que não seja cadastrado no ConecteSUS. Vou ver depois, no Exército se tem algum enfermeiro que você que fazer para mim”, disse Cid a Reis, ao pedir para arrumar um cartão de vacinação em 22 de novembro de 2021.

Uol