Inferno astral de Bolsonaro ganha força HOJE

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Foto: Cristiano Mariz

A Polícia Federal agendou para esta semana quatro depoimentos de pessoas suspeitas de integrarem um esquema registros falsos de vacinação contra a Covid-19. Para esta terça-feira, estão previstos os depoimentos do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu assessor Marcelo Costa Câmara, coronel do Exército.

O objetivo inicial da PF era ouvir Bolsonaro no último dia 3, quando foi deflagrada a operação que prendeu seis suspeitos de atuarem num esquema de inserção de dados falsos no sistema eletrônico do Ministério da Saúde. Na ocasião, o ex-presidente foi alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido em sua casa e teve seu celular apreendido. A defesa de Bolsonaro, no entanto, pediu o adiamento do depoimento, porque queria ter acesso ao inquérito.

Para a próxima quinta-feira está marcado o depoimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, um dos suspeitos presos. Quando foi detido, optou por ficar em silêncio, porque seus advogados não haviam tido acesso aos autos.

Após a prisão, o ex-ajudante de ordens trocou de advogados, passando a contar com a assessoria do criminalista Bernardo Fenelon, especialista em delações premiadas e em lavagem de dinheiro. A expectativa de aliados de Bolsonaro é que o ex-ajudante de ordens assuma a fraude, conforme noticiou o colunista do GLOBO Lauro Jardim.

Na sexta, será a vez da oitiva da esposa de Cid, Gabriela Santiago Cid, que, assim como Bolsonaro, teve dados falsos inseridos no sistema do Ministério da Saúde.

Segundo a PF, o suposto esquema foi colocado em prática com a ajuda de agentes da Prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde a inserção dos registros falsos efetivamente ocorreu.

Bolsonaro e seus advogados têm negado participação nas supostas fraudes.

— Não existe adulteração da minha parte. Não tomei a vacina. Ponto final — declarou o ex-presidente quando o caso veio à tona.

O Globo