Inflação desaba e pressiona bolsonarista do BC

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Foto: Reinaldo Canato/Divulgação

A inflação deu mais um sinal de desaceleração. Na prévia de maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), ficou em 0,51% em maio, 0,06 ponto percentual abaixo da taxa registrada em abril (0,57%). Em 12 meses, o índice acumulado está em 4,07%, abaixo dos 4,16% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores e dentro do teto da meta de inflação, que tem o limite de 4,75% neste ano. A desaceleração na inflação adiciona pressão no Banco Central para diminuição da taxa de juros. De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira, 25, pelo IBGE, os alimentos representaram a principal pressão no indicador de maio — que leva em consideração as duas primeiras semanas do mês de referência e as duas últimas do mês anterior. O grupo Alimentação e bebidas subiu de 0,04% em abril para 0,94%, em maio. No mês, a aceleração se deu pela alimentação no domicílio (1,02%), com o leite longa vida (6,03%). Houve também alta nos preços do tomate (18,82%), da batata-inglesa (6,60%) e do queijo (2,42%). No lado das quedas, os destaques foram o óleo de soja (-4,13%) e as frutas (-1,52%). A alimentação fora do domicílio também subiu, passando 0,55% em abril para 0,73% em maio. Mas não foram só os alimentos que pressionaram o mês. Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em maio. O grupo Saúde e cuidados pessoais, que apresentou alta de 1,49%. Os produtos farmacêuticos cresceram 2,68%, após autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos a partir de 31 de março. Os itens de higiene pessoal tiveram aceleração de 0,35% em abril para 1,38% em maio, motivados, principalmente, pelos perfumes (2,21%). No aumento de 0,43% do grupo Habitação, destaca-se a alta da energia elétrica residencial (0,51%), devido a reajustes aplicados em três áreas de abrangência do índice: em Salvador (5,82%), onde houve reajuste de 8,28% a partir de 22 de abril; em Fortaleza (2,20%), onde o reajuste de 4,85% foi aplicado a partir da mesma data; e em Recife (0,05%), onde o reajuste de 8,33% teve vigência a partir de 14 de maio. Já a variação de gás encanado (0,83%) é explicada pela apropriação residual do reajuste tarifário e pela mudança na forma de cobrança em Curitiba (6,80%), a partir de 1º de fevereiro, e que não havia sido incorporada no IPCA-15 de março. Além disso, houve redução tarifária de 0,59% no Rio de Janeiro (-0,27%), a partir de 1º de maio. Também registraram variação positiva no mês os grupos de Despesas pessoais (0,40%), Vestuário (0,35%), Educação (0,07%) e Comunicação (0,02%). Já o grupo de transportes — maior peso na cesta de inflação — caiu 0,04%, a variação negativa foi puxada pela queda de 17,26% nos preços das passagens aéreas, maior influência negativa em maio (0,12 p.p.), após alta de 11,96% em abril. Nos combustíveis (0,12%), houve queda nos preços do óleo diesel (-2,76%), do gás veicular (-0,44%) e da gasolina (-0,21%), enquanto o etanol subiu 3,62%. Ainda em Transportes, as tarifas de metrô (1,97%) sofreram reajuste de 6,15% no Rio de Janeiro (5,67%), a partir do dia 12 de abril. A alta de 2,71% em ônibus urbano deve-se aos reajustes de 33,33% em Belo Horizonte (24,00%), a partir de 23 de abril, e de 15,75% em Fortaleza (1,38%), a partir de 19 de março.

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