Lula atribui ao Congresso medidas que irritaram Marina

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Foto: Ricardo Stuckert

A colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo avalia que o esvaziamento do Ministério do Meio Ambiente e o enfraquecimento de Marina Silva comprovam a força do Congresso, que deixa Lula em situação complicada. Não adianta: tem que entregar alguns anéis para ficar com os dedos. A pauta ambientalista e indígena sofre fortíssima oposição no Congresso, que tem uma bancada ruralista muito forte e organizada. Não é o Lula quem está escolhendo ‘entregar’ Marina e dar esses dois ministérios em troca da Casa Civil. É porque o Congresso quer e manda nesse caso. Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo. Em participação no UOL News, Bergamo revelou que, em conversa com pessoa próxima ao governo, a análise é de que Lula está “sob cerco”. A ausência de uma base sólida no Congresso obriga o presidente a fazer concessões e concentrar seus esforços em outras prioridades se quiser ter alguma paz, como destacou a colunista.

Existe uma análise muito realista de que Lula comanda um governo sob cerco. Há uma oposição dentro do aparato estatal e uma opinião pública dividida. Ele só tem 130 votos leais no Congresso. Essa é a realidade. Ele tem muito menos instrumentos institucionais para fazer a política que gostaria. Essa pessoa me disse que o governo ou foca na economia para sobreviver, fortalecer-se e, de alguma forma, não deixar que os direitos ambientais e indígenas sejam dizimados, ou vai tudo por água abaixo. Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo

Josias de Souza criticou a iniciativa do governo federal para incentivar a produção e a venda de carros populares no Brasil. O colunista mostrou-se preocupado com a falta de contrapartida para a indústria automobilística, o que pode colocar em risco diversos empregos. Não consigo ver lógica nessa iniciativa do governo. Fica a impressão de que a nova política industrial do governo é muito velha. Vejo dois tiros no pé: um acertou o Fernando Haddad e o outro, de novo, na Marina Silva. O carro popular não é tão popular assim, já que vai sair na casa dos R$ 60 mil. Não vejo nexo nessa iniciativa. Josias de Souza, colunista do UOL

Para Josias de Souza, a revelação de que Eduardo Bolsonaro é sócio nos EUA de empresário que apoiou os atos golpistas de 8 de janeiro, como mostra reportagem exclusiva do UOL, parece mais uma “arapuca de ultradireita”. O colunista questionou os motivos de haver tanto mistério em torno das atividades desta empresa. O problema é justamente não sabermos o que está por trás. Considerando-se as habilidades dos sócios, a coisa está mais próxima de uma arapuca de ultradireita do que de um empreendimento convencional. A derrota eleitoral de Bolsonaro revelou que o golpismo não é politicamente rentável, mas parece que o filho e os sócios dele imaginam que a insensatez pode dar algum dinheiro. Josias de Souza, colunista do UOL

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