Maior setor do PIB dispara no primeiro trimestre

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Foto: Nelson Antoine/Fotoarena/VEJA

O setor de serviços, a maior fatia do PIB brasileiro, avançou 0,9% em março na comparação com fevereiro. No trimestre, o setor avançou 5,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado de 12 meses encerrados em março, as atividades acumulam alta de 7,4%, um pouco abaixo do acumulado de fevereuri, que foi de 7,8%. Assim como no mês anterior, a grande influência para o resultado positivo de março foram os transportes. Segundo os dados do IBGE divulgados nesta terça-feira, 16, o grupamento cresceu 3,6%, acumulando um ganho de 7% nos últimos dois meses. “A alta foi puxada principalmente pelo transporte de cargas, que avançou 4,7% no período enquanto o transporte de passageiros recuou 3,3% na comparação com o mês anterior”, explica o analista da pesquisa, Luiz Almeida.

Outras duas atividades também avançaram em volume no mês de março. Serviços profissionais, administrativos e complementares, que cresceu 2,6% e recuperou parte da perda de 3,4% acumulada nos dois primeiros meses do ano. Já o setor de serviços de informação e comunicação, com variação de 0,2%. Pelo lado das quedas, destacam-se serviços prestados às famílias (-1,7%) e os outros serviços (-0,6%). Quando o recorte é para o acumulado do primeiro trimestre de 2023, a análise setorial é a mesma. O ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio avançou 6,5% no total, impulsionado pelo aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de transporte rodoviário de cargas; rodoviário coletivo de passageiros; armazenamento e depósito e mercadorias; transporte dutoviário; e estacionamento de veículos. “Além desse setor”, salienta Almeida, “também é possível destacar o setor de serviço de informação e comunicação, que cresceu 6,9% no período”, afirma. Apesar dos bons resultados, o setor mostra uma tendência de desaceleração que tende a repercutir no PIB. Além da perda de força de fevereiro (7,8%) para março (7,4%), o patamar do acumulado em fevereiro é o menor resultado do setor desde setembro de 2021 (6,8%). “Olhando à frente, o alto nível de endividamento das famílias e a moderação da atividade econômica (aqui e lá fora) poderá tirar parte da força dos reajustes de serviços’, diz o Banco Original em relatório. “No entanto, até o momento, a atuação dos serviços segue surpreendendo com um desempenho acima das expectativas, o que justifica a preocupação do Banco Central com a persistente inflação do setor”.

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