Pista do caso dos cartões de vacina surgiu em Cabeceiras (GO)

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Foto: Ton Molina/Reuters

O esquema para adulterar o cartão de vacinação contra covid-19 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria começado com um médico de Goiás, segundo a colunista do jornal O Globo Malu Gaspar.

Um médico da prefeitura de Cabeceiras preencheu a mão um comprovante de vacinação contra covid-19 para Bolsonaro, a filha de 12 anos dele, Laura, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e a esposa desse último, segundo a colunista. A cidade fica a 339 km de Goiânia.

Grupo tentou registrar vacinação na prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para oficializar o documento. Só assim ele seria aceito em viagens internacionais, por exemplo. Sistema do Ministério da Saúde rejeitou a tentativa porque lote da vacina foi enviado a Goiás, e não ao Rio de Janeiro. Mauro Cid e seus ajudantes trocaram mensagens para tentar desembaraçar o caso, o que teria desencadeado a operação de hoje da Polícia Federal. Quando o cartão adulterado foi oficializado, grupo baixou os arquivos e os apagou do sistema. Dessa forma, o registro não poderia ser encontrado. A PF só descobriu a adulteração após periciar o sistema e as mensagens de Cid. Ainda segundo o Globo, a corporação apurou que foi necessário conseguir o número de outro lote de vacinas para validar as informações.

A PF deflagrou hoje uma operação que investiga a inclusão de dados falsos sobre vacinação contra covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Suspeita é que Bolsonaro teria sido um dos beneficiados. O tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro, foi preso. Além dele, mais cinco pessoas foram detidas, incluindo policiais militares e um coronel do Exército. PF investiga se cartão de Bolsonaro foi fraudado para entrar nos Estados Unidos. Por isso, houve busca e apreensão na casa do ex-presidente.

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