TSE vai acelerar processo contra Moro
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Ninguém tem dúvida que, depois da cassação do mandato de Deltan Dallagnol, o próximo alvo é Sergio Moro. Inclusive ele próprio que, horas antes do julgamento do agora ex-deputado, disse a um interlocutor: “Eles vem para cima de mim” — e esse “eles” é um rol de antilavajatistas que se espalha no Judiciário e no Legislativo.
Mas, afinal, se ele perder o mandato por decisão da Justiça Eleitoral, quando será?
Em princípio, o ex-comandante-em-chefe da Lava-Jato tem mandato garantido até o fim do ano.
A ação que pode levar à sua cassação corre hoje no TRE-PR e, segundo quem acompanha com lupa o trâmite do processo, somente no último trimestre o julgamento deve ser finalizado.
Em qualquer uma das hipóteses, ou seja, se Moro for cassado ou se tiver êxito, a parte derrotada recorrerá ao TSE. A Corte máxima da Justiça Eleitoral mesmo se pautar o julgamento de forma acelerada — o que se acredita que acontecerá — a sessão deve ser marcada para novembro ou dezembro.
A ação a qual Moro responde foi impetrada pelo PL e acusa o ex-juiz de ter usado caixa dois em sua campanha eleitoral de abuso do poder econômico. O partido acusa Moro de ter gasto mais em sua campanha do que os R$ 4.447 milhões que são permitidos pela legislação eleitoral. Depois, o PT ingressou na Justiça com uma ação com o mesmo teor . Os dois processos até o fim do mês serão reunidos num só pelo TRE do Paraná.
A propósito, no processo em que o PL pede a cassação do seu mandato, Moro, indicou como testemunha de defesa somente uma pessoa: Deltan Dallagnol.