Bolsonarista do TSE mostra que não pedirá vista
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A segunda sessão do julgamento no TSE contra Jair Bolsonaro (PL) foi marcada pela longa leitura do voto do relator da ação, o ministro Benedito Gonçalves. Ele votou a favor da inelegibilidade do ex-presidente por oito anos e optou pela absolvição do ex-candidato à vice-presidente, general Braga Netto (PL). Recados em papel Durante a conclusão do voto de Benedito, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, repassou um recado em papel ao ministro Raul Araujo, que votaria na sequência. O papel foi lido pelo colega, que acenou ao presidente da Corte. Em seguida, Raul comentou rapidamente com Nunes Marques. Não se sabe o que havia no recado.
Quando Benedito concluiu o voto, Moraes questionou se Raul gostaria de votar hoje ou continuar a sessão na quinta-feira (29). O colega concordou com a segunda opção — por causa do horário. Integrantes do tribunal viram no gesto que Raul não deve pedir vista e interromper o julgamento. Essa avaliação se deve ao fato de que seria mais fácil para o ministro anunciar ainda na terça do que deixar para suspender o julgamento daqui a dois dias. Nunes saiu do plenário O ministro Nunes Marques ficou fora do plenário por cerca de 20 minutos. Segundo a reportagem apurou, ele teria ficado um período na sala das togas, localizada atrás do plenário. Na área, é possível companhar a sessão e também são servidos lanches. Bronca de Moraes No retorno do intervalo, o plenário do TSE tocou a sirene e por liturgia os presentes precisam se levantar. A maioria, no entanto, continuou sentada, então Moraes disse “por favor, todos de pé”. Só depois que todos se levantam, o presidente da Corte fala para se sentarem. Antes da bronca, o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, que estava ao lado de Moraes, ia sentar, mas o presidente pediu: “Espera um pouquinho, espera um pouquinho”. Voto longo Logo no início da sessão, Benedito informou que faria a leitura de uma minuta do voto — uma espécie de resumo — que foi distribuída aos ministros com antecedência. O objetivo era “acelerar” o processo. O voto integral do ministro teria 460 páginas. Mesmo com o resumo, a sessão durou cerca de três horas e foi totalmente ocupada pelo voto de Benedito. Na quinta passada (22), o ministro levou duas horas para ler o seu relatório.