Brasil tem mais petistas assumidos que bolsonaristas
Foto: Pierre-Philippe Marcou/AFP e Cristiano Mariz/O Globo
A eleição mais apertada da história do país, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotou Jair Bolsonaro (PL) por um placar de 50,90% contra 49,10%, deixou também a população polarizada. Hoje, 29% dos brasileiros se dizem petistas convictos, e 25% se definem como bolsonaristas, de acordo com a pesquisa Datafolha publicada no sábado.
O cenário se mantém estável em comparação com o levantamento anterior, considerando a margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Em março, 30% se diziam petistas, e 22%, bolsonaristas. O instituto ouviu 2.010 pessoas com 16 anos ou mais entre 12 e 14 de junho.
Como brasileiros se definem politicamente, de acordo com o Datafolha
Dezembro de 2022: Petistas: 32%; bolsonaristas: 25%
Março de 2023: Petistas: 30%; bolsonaristas: 22%
Junho de 2023: Petistas: 29%; bolsonaristas: 25%
O Datafolha avaliou a gradação de quem se considera petista ou bolsonarista, numa escala de 1 (totalmente bolsonarista) a 5 (totalmente petista). As opções 2 (mais bolsonarista que petista), 4 (mais petista que bolsonarista) e 3 (neutro) são intermediárias e medem o “degradê” da polarização. Veja os dados:
Bolsonarista: 25%
Mais próximo do bolsonarismo: 7%
Neutro: 20%
Mais próximo do petismo: 10%
Petista: 29%
Nenhum: 8%
Não sabe: 2%
A pesquisa também revelou que Lula é aprovado por 37% dos brasileiros, e reprovado por 27%. Para 33%, o petista é regular, e 3% não opinaram. Em relação à desaprovação, o petista só aparece melhor em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (33%), se comparado com outros presidentes nos últimos 30 anos, e até mesmo com seu primeiro mandato. Enquanto Fernando Henrique Cardoso (PSDB) era desaprovado por 17% no mesmo período, “Lula 1” tinha 11%, e Dilma Rousseff (PT), 10%.
FH (1995): 40% de ótimo/bom; 40% de regular; 17% de ruim/péssimo
Lula (2003): 42% de ótimo/bom; 43% de regular; 11% de ruim/péssimo
Dilma (2011): 49% de ótimo/bom; 38% de regular; 10% de ruim/péssimo
Bolsonaro (2019): 33% de ótimo/bom; 31% de regular; 33% de ruim/péssimo
Lula (2023): 37% de ótimo/bom; 33% de regular; 27% de ruim/péssimo