Live de Lula ‘flopou’ por ser feita às pressas
Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação
Aliados, auxiliares e profissionais envolvidos na estreia de Lula em transmissões ao vivo periódicas, na terça-feira, foram avisados apenas na véspera sobre a intenção do presidente de entrar no ar via redes sociais.
Entre a noite de segunda-feira e a manhã seguinte, houve um intervalo de apenas 12 horas para mobilizar esforços técnicos e engajamento para a live, uma tentativa de competir com as que consolidaram a popularidade digital de Jair Bolsonaro.
O motivo do curto aviso prévio, segundo o entorno de Lula, é o modus operandi dele próprio. Apesar da insistência de Paulo Pimenta, chefe da Secom, o presidente vinha resistindo a começar com as transmissões e priorizava outros compromissos na agenda. Havia também o temor que na última hora o presidente postergasse a gravação — como já ocorrera outras vezes.
Somente há poucos dias topou, enfim, protagonizar a ideia. Escolheu o jornalista Marcos Uchôa, da EBC, para conduzi-la e optou pelo modelo ao vivo.
A dificuldade agora, para manter a frequência semanal, é a agenda de Lula. Com sua viagem para Itália e França na noite de segunda-feira, por exemplo, a próxima live será antecipada para a manhã daquele dia. O combinado com o presidente, no entanto, é, sempre que for possível, o programa seja feito nas manhãs de terça-feira.