Mídia volta a chamar avião presidencial de “AeroLula”

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Foto: FAB

Apesar da intenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de adquirir uma nova aeronave, o petista já conta com um avião militar presidencial, adquirido ainda durante seu primeiro mandato no Planalto. Trata-se da aeronave VC-1 Airbus A319CJ, usada por ele, por exemplo, na recente viagem à China, em abril, quando foi preciso fazer duas paradas. Conhecido como “Aerolula”, o avião militar tem, no entanto, 18 anos de uso e se aproxima da metade do ciclo de vida, o que exigirá passar por um processo de reformulação.

Segundo a Força Aérea Brasileira, o VC-1 é uma aeronave militar designada especialmente para cumprir a missão de transportar com segurança o Presidente da República para diversas localidades do Brasil e do exterior. O vetor possui uma performance que permite a operação em diferentes aeródromos, o que possibilita uma versatilidade no transporte presidencial, tanto por operar em pistas mais curtas e estreitas, bem como por realizar voos de longa duração.

Quando comprado, o Airbus 319ACJ (Santos Dumont) substituiu um Boeing 707, apelidado de “sucatão”. A aeronave presidencial do Grupo de Transporte Especial (GTE) tem aproximadamente 34 metros de comprimento e de envergadura, e cerca de 12 metros de altura. Ela pode atingir até 830 quilômetros por hora na velocidade máxima de cruzeiro.

O Aerolula é dividido em três sessões. A principal, na parte frontal do avião e com cerca de 10 poltronas, leva as principais autoridades a bordo. No meio há uma sala com uma mesa no centro e, na parte de trás da aeronave, viajam os assessores e demais convidados do voo oficial, em aproximadamente 40 assentos semelhantes aos de aviões comerciais.

Foi também com o Aerolula que o presidente viajou ao Japão, no mês passado. Para este trajeto, no entanto, ele precisou fazer duas escalas, em Guadalara (México) e no Alaska (EUA). A viagem foi considerada cansativa para Lula, que tem 77 anos. Também por isso, ele deseja uma aeronave com maior autonomia de voo, que não exija muitas escalas para abastecimento e mais espaço para acomodar convidados, o que tem sido estudado pela FAB, conforme mostrou O GLOBO.

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Entre as alternativas estudadas, está adaptar uma das duas aeronaves Airbus A330-200, compradas durante o governo Jair Bolsonaro. Outra, seria adquirir um novo avião, usado, já com as configurações pedidas por Lula, a depender dos custos das duas operações.

Para adaptar o Airbus A330-200, seria preciso colocar internet, suíte com chuveiro e uma sala reservada para que o presidente possa despachar – um gasto considerado elevado. O assunto teria sido tratado durante um almoço do presidente com o alto comando da FAB na última quarta-feira.

O Globo